domingo, 4 de maio de 2014

Transporte Ferroviário



Características do Transportes Ferroviário

Este modal caracteriza-se, especialmente pela sua capacidade de transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética, principalmente em caso de deslocamento a média e grande distância. Apresenta, ainda, maior segurança, em relação ao modal rodoviário, com menor índice de acidente e menor incidência de furto e roubo. São cargas do modal ferroviário:
  • Produtos siderúrgicos;
  • Grãos;
  • Minério de ferro;
  • Cimento e cal;
  • Adubos e fertilizantes;
  • Derivados de petróleo;
  • Calcário;
  • Carvão mineral e clinquer;
  • Contêineres
  • Adequado para longas distâncias e grandes quantidades de cargas;
  • Baixo custo de transportes;
  • Menor custo de infra-estrutura que no modal rodoviário.
  • Larguras das bitolas não homogenias;
  • Pouca Flexibilidade no trajeto;
  • Necessidade transbordo para outros modais.
Figura 1 - Modal FerroviárioFigura 2 - Mapas das principais ferrovias

Para Bertaglia (2005), é definido como modal de transporte para grandes volumes, com um valor unitário baixo, sem urgência de entrega e terminais fixos, não pode ser utilizado onde se requer coleta e entrega ponto a ponto, devido a sua falta de flexibilidade.

Segundo ministério dos transportes, o sistema ferroviário nacional é maior da América Latina, em termos de cargas transportadas, atingindo 162,2 bilhões de tku (toneladas quilômetros útil), em 2001.


Fontes: Ministério dos Transporteshttp://www.logisticaambiental.com.br/index.php/mnulogistica/mnumodais/ferroviario

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Operadoras Ferroviárias Atuais



Trem de passageiros da Super Via no Ramal Vila Inhomirim, localizado na Baixada Fluminense (RJ). Neste ramal se encontra situado o mais antigo trecho ferroviário ainda em operação no Brasil, localizado entre as estações Piabetá e Fragoso, em Magé (RJ). Este trecho foi inaugurado em 1854, sendo que em 1856 foi inaugurado o trecho que liga as estações Fragoso e Vila Inhomirim (o 2º trecho mais antigo em operação no país).

Trem da ALL, a maior concessionária do Brasil, no trecho de Boa Vista no estado de São Paulo.
Das concessionárias que assumiram após a privatização, houve um rearranjo entre elas nas suas áreas de concessão. Em 1999, a Ferrovia Sul Atlântico mudou de nome e virou América Latina Logística, ao adquirir a concessão de ferrovias na Argentina. A Novoeste e a Ferroban, controladoras da malha Oeste e Paulista, se fundiram à Ferronorte, controladora da Malha Norte, e criaram a Brasil Ferrovias em 2002. Em 2006, após uma crise financeira, a Brasil Ferrovias é adquirida pela ALL, que passa a controlar além da Malha Sul, também as Malhas Paulista, Oeste e Norte, totalizando 11.738 km e sendo a maior operadora ferroviária do país.
A Cia. Ferroviária do Nordeste em 2008 trocou de nome e virou TLSA – Transnordestina Logística. A divisão das concessões em 2012 é:
OperadoraMétrica
(1,00m)
Larga
(1,60m)
Mista
(1,00/1,60m)
Total
ALL9.4811.96329411.738
FCA7.910-1568.066
TLSA4.189-184.207
MRS-1.632421.674
EFVM905--905
EFC-892-892
FNS-571-571
FERROESTE248--248
FTC164--164

Locomotiva da Vale S.A. no Pátio Multimodal de Palmas/Porto Nacional (TO), situado na Ferrovia Norte-Sul.

Evolução do Transporte Ferroviário de Cargas em bilhões de TKU, desde a privatização em 1997 até 2010. Em azul claro, as cargas gerais transportadas e em azul escuro, minério de ferro e carvão mineral.
Desde 2003, quando a ANTT começou a realizar pesquisas anuais das operadoras ferroviárias nacionais, a produção de transporte (em TKU) cresceu 5% ao ano (53% no acumulado do período). Disso, o crescimento de carga geral, desde a privatização em 1997, foi 112% chegando 57,3 bilhões de TKU. O transporte de minério de ferro e carvão mineral aumentou 91% chegando em 210,4 bilhões de TKU. Em toneladas úteis (TU), o crescimento foi de 81,5% desde a privatização, sendo que em cargas gerais foi de 67% e acumulando 112,1 milhões de TU, e o minério de ferro e carvão mineral aumentou 82% chegando a 347,6 milhões de TU.O índice de acidentes caiu para pouco mais de um terço no mesmo período, passando de 36 para 14 acidentes por milhão de trens.km, ficando próximo aos índices internacionais que estão entre 8 e 13 acidentes por milhão de trens.km.
A frota de locomotivas em circulação aumentou, nesse período, em 1.029 locomotivas chegando a 3.016, se concentrando na MRS com 375 locomotivas, ALL Malha Norte com 308 e na EFVM com 84. A frota de vagões passou de 62.932 para 95.808, aumento principalmente realizado pela MRS com 7.335 vagões, na EFVM com 7.124 e na EFC com 6.726, além das 4 empresas do grupo ALL com um aumento de 10.373 vagões.
O investimento anual das ferrovias aumentou 4 vezes entre o período 2003-2010, saltando de 1,07 bilhão de reais para 4,32 bilhões de reais por ano. As principais investidoras foram o grupo Vale (com EFC, EFVM e FCA) com R$ 1,313 bilhão, o grupo ALL com R$ 928,7 milhões e a MRS com R$ 681 milhões, todas no ano de 2010 e que mantiveram investimento constante no período, focados em infra-estrutura, superestrutura e material rodante. Um caso à parte é a TLSA que aumentou em 6 vezes o seu investimento apenas de 2009 a 2010, aportando 1,35 bilhão no ano.Trabalham no setor ferroviário brasileiro quase 37 mil pessoas, um crescimento expressivo de 74% em relação a 2003.

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